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Atuações

Higienização

CAPÍTULO DO LIVRO:

MANUTENÇÃO DE PRÓTESES IMPLANTO-SUPORTADAS E AVALIAÇÃO DO SUCESSO DO TRATAMENTO COM IMPLANTES OSSEOINTEGRADOS.

Avaliação do Sucesso de tratamentos com implantes.

Ter a capacidade de avaliar e interpretar o sucesso dos tratamentos odontológicos com implantes é um fator importante para o clínico, pois isso lhe permite definir suas condutas de acordo com o sucesso por ele obtido. Contudo, para que se possa avaliar o sucesso dos implantes osseointegrados, primeiramente necessitamos de entender os critério de sucesso e falha dos mesmos e suas possíveis causas, pois isso poderá ajudar a entender porque as falhas nos implantes ocorrem e como tentar evitá-las. Albrektsson et al, em 1981, definiu como osseointegração "uma união estrutural e estrutural, direta entre o osso viável e a superfície dos implantes". Zarb, em 1991, somou a essa definição algumas características clinicas como, assintomatologia dolorosa, ausência de mobilidade do implante. Dês das primeiras definições até os dias de hoje vêm se dando definições de osseointegração e quais os critérios que se deve seguir para se considerar um tratamento com implantes foi um sucesso, e esses critérios vêm sendo dados de acordo com a opinião de cada autor, sendo que a maioria deles leva em conta os fatores biológicos para se determinar esse "sucesso". Do ponto de vista dos autores desse capítulo, bem com de outros autores (12, 13 e 14), o sucesso dos tratamentos de implantes é sustentado pela tríade função, fisiologia e satisfação do paciente, onde a função é a de devolver as funções orais normais do paciente, como a fala e a capacidade mastigatória, a fisiologia é a presença e a manutenção em longo prazo do intimo contato do osso com o implante, ausência de dor e processos inflamatórios e por último e talvez o mais importante é a satisfação do paciente, onde se deve dar um conforto e condições de higienização das próteses instaladas sobre os implantes bem como satisfazer os anseios estéticos do paciente. Pensando desta forma concluímos que não se podem generalizar nossos tratamentos e nossos critérios de sucesso e falha. Já que os tratamentos têm de ser individuais, as necessidades estéticas e as expectativas dos pacientes são únicas, os critérios de avaliação de sucesso e falha acabam por se tornarem particulares também. Como o sucesso em um tratamento com implantes é pessoal e relativo, sendo difícil se precisar quando ele ocorre, se torna mais fácil apontar se o tratamento com implantes falhou e onde foi a falha. Desta forma podemos dividir as falhas em falhas biológicas, mecânicas, iatrogênicas e de adaptação do paciente. Falhas biológicas são aquelas ligadas à ausência de osseointegração, tanto pela sua não formação, quanto pela quebra da mesma após um período de ativação dos implantes. As falhas mecânicas estão relacionadas à fadiga dos materiais utilizados para a confecção dos implantes e prótese sobre estes, ou seja, a fratura dos implantes, a falha dos sistemas anti-rotacionais, fraturas de parafusos, estruturas metálicas e da porcelana ou do acrílico aplicado sobre a estrutura metálica. Falhas iatrogênicas são todas aquelas decorrentes de erros promovidos pelos implantodontistas, como danos a estruturas nobres, implantes mal posicionados, falhas de ajuste oclusal, próteses mal planejadas promovendo distúrbios na fala ou inviabilizando uma adequada higienização por parte do paciente, entre outras. E as falhas de adaptação do paciente são desconfortos fonéticos, descontentamento estético e higienização não satisfatória.